sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Eu andava. Eu e três cachorras. Figura patética: uma pequena, uma média, uma grande e uma maior (para os padrões caninos, eu sou maior...).

A média anda de forma delicada. Parece desinteressada.

A grande quer comandar o passeio - e com seu corpinho muitas vezes consegue.

A pequena... bom, ela tem a maior para protegê-la.

Ou para tentar.

Ela para. Quer fazer o número 2. Paro a cambada para dar tempo a ela. A média, espera. A grande começa a cheirar tudo que tem no caminho, e atrapalha a pequena no processo. Fica um pedaço do dejeto aqui, o resto ainda tentando sair. Eu seguro a maior e continuo esperando. Um homem que passava pelo caminho diz:

"Eu tinha um igual a esse."

"Que legal, mas ela não é minha."

"E você não tem saco para recolher?"

Apontei o saco, que estava na minha mão:

"Estou só esperando ela acabar de fazer."

"É que ela está com câncer. Tem que tratar."

Eu sorri, esperei ela terminar, recolhi tudo e fui embora.

(Tipo... oi? Ele nunca teve prisão de ventre???)

--> Se toda prisão de ventre fosse câncer, iogurte seria quimioterapia. E mais da metade das pessoas que eu conheço já teriam morrido disso.

PS: História verídica. E não me diga que achou nojento, tá?

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